Ok, ok. Já tem 2 semanas que rolou o UFC 169, você vai dizer. Mas este texto que escrevi em meio à diversas latas de cerveja tem seu valor e, por isso, resolvi postá-lo. Mesmo com o enorme delay. E é bom para eu poder já me aquecer para o Fight Night que rolará no Sábado (15/02), com Lyoto Machida no “main event of the evening“. Então, leia.
A primeira luta do card preliminar não foi tão emocionante assim. Foi uma luta ganha por pontos, por lutadores não tão conhecidos e pronto. Já a segunda luta entre o americano Tony Martin e o Russo Magomedov foi um show de técnica. Martin quase leva no primeiro round, mas incrivelmente, o Russo escapa da imobilização e de num armlock e fazendo a mente do Americano ficar desestabilizada. Nos dois últimos rounds a luta foi do Russo que ganhou por decisão unânime. Merecido.
A terceira luta foi empolgante. Enz, que parece que tem medo de negros (pois perdeu para Uriah Hall no TUF 17), perdeu para Clint Hester, que também é negro, nesta edição do UFC. Quase que o juiz (Gaspar Oliver) entrega a paçoca logo no primeiro round. Porém, Enz se recuperou e quase conseguiu virar a luta. Por fim, Hester conseguiu a vitória segurando o resultado no terceiro round.
Kevin Lee e seu adversario protagonizaram um troca de vantagens em rounds muito sensacional. O primeiro, o Iaquinta conseguiu knockdowns que o fez ganhar. No segundo, Lee ganhou por quase conseguir finalizar com 2 mata-leões, mas Iaquinta conseguiu segurar bravamente. Ao final, nem um e nem outro conseguiu ser efetivo nem em finalização e nem nocauteando, ficando a luta com Iaquinta, por pontos.
Quando vi a chamada da luta entre Watson e Catone achei fariam um luta e tanto. Afinal, Catone é um cara agressivo e que decide lutas até a metade do 2º round. Mas, ao contrario do que pensei, foi uma luta agarrada, chata e bem equilibrada. Mesmo assim, de queda em queda, Catone levou por pontos, mesmo em decisão dividida.
Queria comentar sobre as duas últimas lutas do card preliminar, mas dormi. Fui nocauteado por 5 Brahmas. Cena triste de se ver. Entretanto, acordei no meio da luta entre Jamie Varner e Abel Trujillo e olha, que luta foi aquela?! Uma luta de valer ingresso! Sensacional!
Trujilo, que quase foi nocauteado, mandou uma no queixo de Varner que o fez cair mais apagado que eu depois das cervejas! Luta sensacional.
Com certeza esta foi uma péssima semana para o Brasileiro John Lineker. Primeiro, novamente não bateu peso. Eu acho até engraçado este tipo de situação, afinal, o lutador sabe que tem q estar no peso da sua categoria no dia da pesagem. Tem tempo para se preparar. E, ainda sim, vacila. Depois, Lineker bateu de frente com Bagautinov, um Russo que não deu mole e deixou o brasileiro com cara de tacho no final da luta. Infelizmente, mais uma luta por pontos e mais uma que um Brasileiro vacila.
A luta entre Overeem e Frank Mir foi uma daquelas que você torce pra alguém ficar fadigado e tomar um nocaute. Pois bem, a “lenda” Frank Mir sucumbiu a uma joelhada logo no primeiro round e não aguentou a pressão de Overeem. Foi surrado. Aparentemente, Alistair Overeem treinou condicionamento e estava inteirão ao final do 3º round. E isso fez com que o “Adriano bombado” prorrogasse seu contrato no UFC. Vamos ver qual será o destino de Mir, após mais essa derrota.
José Aldo defendeu tecnicamente seu cinturão. Em uma luta sem fortes emoções, Ricardo Lamas não foi tão eficaz para derrotar por pontos, o campeão.
A luta principal do evento teve controvérsias mas, Renan Barão manteve o cinturão contra Uriah Faber. Em um embate bem elétrico, Barão fez com que Faber recebesse 2 knockdowns, mas quem decidiu a luta foi o árbitro Herb Dean. Uriah, sem opção de reação, não conseguiu sair da saraivada de socos de Barão. Devemos sempre lembrar que, segundo as regras, quem fica naquela posição e não esboça reação fica submisso e, deste modo, passível à nocaute técnico. Mesmo assim, em seu momento Yamazaki, Dean deu a vitoria para Barão. Até por que ele poderia ter esperado o Brasileiro bater ainda mais em Faber, não é verdade?