Mais um Rock in Rio rolando e mais um ano cheio de polêmicas e comentários críticos quanto à palavra “Rock” no nome deste evento que se tornou Mundial em 2004, quando teve sua primeira edição em Portugal.
A birra de todos é achar que o Rock in Rio é verdadeiramente um festival 100% Rock, o que não é. Desde sua primeira edição, em 1985, na qual teve (pasmem) Ivan Lins como uma das atrações, as críticas persistem e as dúvidas sobre o nome permanecem.
Rock in Rio. Mais que um evento, uma homenagem.
Resolvemos, então, investigar o porquê disso e descobrimos Juliano Artini Wanderccoc, um Capixaba de 50 anos, filho de Pomeranos de Venda Nova do Imigrante e um dos organizadores e fundadores do evento. Muito objetivo em sua explicação, Juliano disse:
“Minhas raízes Capixabas, mesmo morando há 30 anos no Rio de Janeiro, não me impediram de poder homenagear a minha terra natal. Todo mundo sabe, e agora todo mundo mesmo (risos), que ‘rock’ no Espírito Santo quer dizer ‘festa’ ou ‘balada’. Se eu fosse Nordestino, o evento se chamaria Forró in Rio, mas não iria dizer que só teria forró, entendeu?”
Ainda em meio de risadas, Juliano comentou que, se fosse Paulista, jamais colocaria “Balada in Rio”, pois poderia ter outro tipo de conotação nas terras Fluminenses e que pensaria em um outro nome.
Agora que o mistério acabou e você já sabe o motivo de se ter tantos ritmos diferentes sendo executados no Rock in Rio (como Ivete Sangalo e Beyoncé), já pode parar de se questionar e criticar o evento que, na verdade, é uma homenagem de um Capixaba no Rio de Janeiro.