Todo Cristão que se preze bate no peito contra a idolatria. Principalmente os evangélicos que adoram criticar os irmãos Católicos por eles supostamente adorarem imagens. Coisa que um bom Cristão Católico da Renovação Carismática sabe que não é procedente a informação. Mas isso é assunto para outro texto em um outro dia que eu estiver com mais paciência de responder os maus interpretadores de texto.
Porém, mesmo odiando tocar em assuntos que envolva religião nos meus textos (até por que Religião é o que estraga todo o relacionamento com as diversidades religiosas e é escape para a falta de respeito com outrem), o assunto neste de hoje abordará a idolatria camuflada que existe no mundo Cristão/Gospel e que hoje é cada vez mais descarada. E não estou falando daqueles que adoram seus Padres e/ou Pastores e/ou, ainda, Sacerdotes (os que lideram uma comunidade, por exemplo). Estou falando daqueles que se dizem Cristãos que agem como menininhas que idolatram Restart quando veem seus cantores/pregadores/Padres/Pastores preferidos.
Rodolfo Abrantes, o ex-vocalista da banda Raimundos (a melhor banda dos meus 15 anos, diga-se de passagem), iniciou uma caminhada de pregações que está fazendo além de polêmica, vários desafetos por onde está passando. Simplesmente por estar jogando a verdade na cara dos que tanto pregam contra a idolatria. Hoje, pessoas que deveriam se chamar “pregadores”, são conhecidos como “artistas” do Gospel. Um bom exemplo é Ana Paula Valadão, líder do Diante do Trono. Ela além de cantar, fazer shows incríveis com uma mega estrutura, ainda figura DVD’s infantis, livros e outras séries de coisas que deixaria muito artista “secular” (como eles chamam quem não é “gospel”) com uma mega invejinha.
Sua crítica contra os “ídolos gospel” já vem de antes, mas tomou força após uma entrevista cedida para o UOL que aborda o tema “Religiosidade atrapalha o Gospel” (e muitas outras coisas). Veja abaixo o compilado com os dizeres de Rodolfo:
Não satisfeito, Rodolfo ainda foi até o celeiro do Diante do Trono, a Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, com direito à transmissão pela Rede Super (emissora da Igreja) e fez a sua pregação, pedindo o fim da “Indústria Gospel” e seus “artistas”. Veja o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=G9EYen6sboY
É notório que a maioria da Igreja não concordou com o que ele falou. Provavelmente, pela a maioria dos presentes serem fãs dos irmãos Valadão (que são filhos do “dono” da Igreja), que são um dos maiores nomes “Gospel” do país. Ou pelo simples fato da carapuça servir.
Mas isso não ficou só no âmbito Evangélico. Os Católicos também estão pregando contra o “Estrelismo” de seu representantes mais famosos. E, por conta disso, dentro de uma pregação na Canção Nova (reduto da Renovação Carismática e celeiro dos “famosos” Católicos como Pe. Fábio de Melo), Moisés Rocha soltou o verbo alegando até que esta situação é vergonhosa para os músicos dentro do Catolicismo (e que vale também para os artistas Evangélicos). Veja o vídeo:
Resumindo isso tudo, Rodolfo e Moisés estão muito mais que certos. Evangelizar está longe de ingressos caros, mega estrutura de shows, artistas renomados. Evangelizar é levar a palavra na humildade, sem querer receber nada em troca. Hoje, muitos artistas seculares que se converteram, como a Perlla, Mara e mais um outros tantos ainda querem permanecer com a estirpe de artista, diferentemente do que o Rodolfo está fazendo.
Alguns estão vendo que o meio Religioso é bem mais lucrativo do que quando levavam suas vidas como cantores “normais”. E isso é triste de se ver. Não entenderam o real significado de “conversão” ou sabem que o povo é burro e acredita e aceita tudo (a segunda opção é mais verdadeira).
Para você que fã de algum artista desse e ainda quer ser libertado, acho que você não está fazendo o correto.