Na primeira vez em que se encontram ela repara nas mãos. É inevitável pensar naquelas mãos. Bonitas sim. Mas é algo além da beleza. É a forma como elas se movem que chama atenção. Uns trejeitos de timidez como se fosse tocá-la, mas não o faz.
Encontram-se novamente. Ele gesticula enquanto fala. Por mais que seja tão atraente o que diz os olhos dela se perdem nas mãos. E nas idéias do que fazer com elas. Perdida nessas idéias não se concentra.
Surge a cena em que está nua. E nua é agarrada. Mas não de maneira óbvia. As mãos seguram seu tornozelo. Com firmeza e certeza de prendê-la ali. Ela ameaça se livrar e depois ri. Está brincando de se soltar, mas gosta de estar presa.
Deitada de bruços e oferece a outra perna. Ele segura um tornozelo em cada mão. Devagar vai puxando seu corpo para o meio da cama. Afasta as pernas. As mãos sobem para os joelhos, pelas coxas e param. Apertadas nas coxas as mãos ficam estáticas. Ela não se move. Aguarda ansiosa que as mãos subam mais. Respira lenta e profundamente.
Ele parou de falar e a encara como se aguardasse uma resposta. Atordoada sai da cena em que tem as mãos dele atracadas às suas coxas e tenta, em vão, desenvolver algum raciocínio. Consente com a cabeça e nem se dá ao trabalho de balbuciar. Qualquer coisa dita por uma boca desconexa de um cérebro soaria totalmente imbecil. E ela não quer parecer imbecil. Pra ele não.
“Foco garota, foco!” – Ela pensa.
Ele retoma a fala espalmando as mãos sobre a mesa com os braços estendidos. Flexionando os cotovelos as mãos deslizam sobre o mármore. E assim as mãos que estavam nas coxas deslizam até a bunda.
“Ai puta que pariu!”- pensa ela.
E lá se foi o foco pra casa do caralho.
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Bravo! x]