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Blog Day (#BlogDay) 2013: A moda chorume

Quatro anos se passaram. Quatro rápidos e ligeiros anos se passaram do dia que fiz o primeiro post sobre o Blog Day aqui no Bobolhando até hoje. Todo empolgado e seguindo à risca o que um post no Blog Day deve ser. Quatro anos que me fizeram ver quase tudo neste mundo, até perceber o ponto de convergência em que a “nova mídia” está se tornando igual à “velha”. E que a velha sucumbe à nova ao mesmo tempo que a nova só vive pautada na velha. É confuso? Sim, mas é pontual.

blogday-2012

Pegando uma pequena retrospectiva e confrontando com hoje (e, a essa altura, você já leu o que realmente é o Blog Day no nosso primeiro post em 2009), a “blogagem por amor” ainda é um conto da carochinha, vivido por poucos como eu. Grana e audiência, mesmo que ainda alavancada pelo Facebook e suas fan pages alucinadamente cheias, são o objetivo dos blogueiros. Salvo os profissionais, obviamente. Por que, querendo ou não, não é fácil blogar e é uma profissão como qualquer outra que exige disciplina e horários. Claro que, aqueles que não fidelizaram um público (ou tiveram vários problemas de cunho pessoal ou técnico, como eu tive nesse último ano) perderam significativamente seus números. Ou se entregaram à força maior do deus Zuckerberg.

A “busca dos fatos” que eu faço hoje neste blog para mim é uma terapia. Aqueles que eram reprimidos em 2012, continuam assim e ainda se omitem. No meu caso, aprendi a lidar com comentários como “recalque”, “inveja” e “lamentação”. Ainda, também, não se pode reclamar de nada, ou discordar de outrem. Você sempre ainda estará errado ou do lado errado da opinião alheia. Está aí Jean Wyllys e Silas Malafaia que são ótimos exemplos para exemplificar o que eu estou falando, mesmo eles não sendo blogueiros (mas são microblogueiros). Se você critica um, você é homofóbico, ignorante e um radical religioso. Se criticar o outro, você é gay, militante ou ateu. Não tem um contra ponto. Nunca terá.

O tal “contra ponto” se chama respeito. E não tendo isso, o que sobra é apenas unfollows, blocks e brigas.

E a brodagem? Ah, a velha e tão querida brodagem hoje é um artifício que convém a quem interessar. E ai de quem falar que isso é “panelinha”. Afinal, quem está dentro sempre estará com a “galera” e nunca na panela. Mas isso vou falar em outra oportunidade.

O que quero ilustrar neste post do Blog Day em 2013 parte de dois pontos: O primeiro foi o trecho no texto que fiz ano passado onde comentei que “se você não posta o que está na modinha, você é discriminado”. O outro (e o principal) ponto parte do comentário feito pelo amigo Jhony, no Facebook, que faço questão de transcrever:

Compartilham em massa uma tosqueira. Até aí, tudo bem. Me incluo nisso, em casos bem específicos. O problema começa quando começam a fazer adoração da tosqueira e dar voz ao tosco. O tosco começa a se achar um deus. Todos acabam vendo que o tosco, por fazer merda, fez sucesso. Todos acabam fazendo tosqueira, também. Foi assim que a internet chegou nesse nível onde apenas tosqueira é compartilhada e as coisas boas vão ficando pra trás“.

Vou me atrever a substituir a “Tosqueira” que o Jhony escreveu e alterar para “chorume”. Não basta ser tosco, ser feio. Tem que ser um chorume completo. E tem que se idolatrar um chorume até o ponto que ele vá dar uma palestra ou ser pauta do Pânico ou programa da Eliana. Fizeram uma fusão de números com chorume e deu no que deu.

Em 2011 disse que os blogs estavam tentando ser como a Rede Globo, querendo criar grandes sucessos. E hoje conseguiram. E, como disse, do mesmo modo que a velha mídia: tentando empurrar o chorume como se fosse coisa boa.

Vamos dizer que a internet (blogs também) hoje é a Globo com o seu Zorra Total: O conteúdo é feito para quem quer consumir. E, como veículo antenado em seu público, vai passar o que o público quer consumir. E se o público quer consumir lixo, lógico, será produzido lixo. Um bom texto (não este, que será rotulado como mais uma lamentação do meu muro) é praticamente ignorado hoje. Não se quer ler. Não se quer nem entender. Só se quer consumir coisa ruim, de fácil “digestão”.

Como atores que chegam à Zorra, o blogueiro que gera “chorume de sucesso” ralou para estar no topo. E, como um escravo do sistema, deverá produzir conforme a audiência lhe obriga. É um mato sem cachorro, mas necessário para a sobrevivência. Mas, como na TV, existem ótimas opções espalhadas pela internet. Basta mudar de canal. Basta buscar o novo. Buscar o diferente.

A “idolatria do chorume” só deixará de ser um sucesso quando o consumidor se desinteressar de absorver lixo e ver que existe ainda mais coisas boas (e legais) além do aterro sanitário.

E, para isso, deverá surgir novos canais. Ou resgatar antigos. TV Cultura está aí para isso!

Indico 5 blogs (e muito mais) nos banners da sua direita. São legais.

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Rogério Lima

Rogério Lima

Ex-pagodeiro, Empresário, Gamer, Capixaba e criador desse e de outros ~trocentos~ blogs. Está nessa vida desde 2003, mas não ficou nem rico e nem famoso. Gosta muito de receber brindes, mas é sempre esquecido.

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